É preciso conhecer os
nossos limites. Até onde posso ir? Sim, porque, não nascemos sabendo de tudo. Assim
como podemos ensinar, também podemos aprender. Mas, tudo na medida certa.
Na verdade, a vida é um
aprendizado diário. Selecionar aquilo, que nos vai ‘’acrescentar’’ é
fundamental. Algumas pessoas estão tão amargas com o caminho que escolheram,
que às vezes não percebem que foram elas que fizeram a escolha.
Por exemplo, ouço muito os
meus pacientes dizerem que já estavam ‘’doentes há muito tempo’’, mas não
tinham tempo para procurar o médico.O que acontece? Estão impacientes, cobram
‘’alta médica’’, sem ao menos terem condições clinicas para retornarem para
casa.
Nas atividades terapêuticas (por exemplo, colagem), vem à tona que alguns são instáveis
emocionalmente, tendo sérios problemas familiares. São ansiosos, tendo
dificuldade de esperar o tempo certo para a resolução dos problemas. São intolerantes
a tudo que não lhes agrada.
Os objetivos das atividades são muitas vezes alcançados. Adoeceu ontem? Não,
pois a doença é um processo. Ficar ‘’bom rápido’’. Não. O tratamento é muitas
vezes demorado. De 1 semana até 15 dias.
Ah! Até chegar um dia que ‘’não toleram’’ a comida do hospital, recusam
tomar remédio, não querem tomar banho e nem receber visitas. Brigam com os
acompanhantes, discutem com as técnicas de Enfermagens e cobram diariamente "alta" da médica, que os acompanha.
Elaborar o adoecimento é importante. Reconhecer que existem dias que a
saudade é insuportável, mas também devem compreender que não é ‘’um dia longe
da família’’ e sim um ‘’dia de tratamento’’.
Enfim, é preciso compreender, que a doença também é aprendizado. A
partir do adoecimento do corpo, o tempo mostra a necessidade de cuidar da saúde
buscando a qualidade de vida.
Quando é que você dá valor à saúde? Quando a perde! Quando é que você dá
valor às pessoas? Quando as perde! Pois é, alguns de nós somos motivados a
mudar a forma de ver a vida, a partir do momento que sofremos consequencias dos
nossos descasos, por exemplo. Mas se formos parar para pensar, crescemos.
Bjs,
Alda